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Polícia apura suposto envolvimento de vereador no fornecimento de CNH falsa

Um acidente de pequenas proporções abriu brecha para a Polícia Civil apurar a suspeita de falsificação de uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em São Sepé. A Brigada Militar constatou que um dos envolvidos no acidente, que aconteceu no dia 4 de maio, em São Sepé, não constava como habilitado segundo o Sistema de Consultas Integradas do órgão. O motorista acabou confessando à Brigada Militar que teria comprado a carteira de um despachante. O dono do escritório indicado pelo denunciante também é vereador na cidade. Werther Vargas Filho (PP) foi presidente da Câmara de Vereadores de São Sepé no ano passado. A Delegacia de Polícia de São Sepé instaurou inquérito para investigar o caso. 

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Na tarde da última quarta-feira, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na casa e no escritório do vereador. De acordo com a delegada Carla Dolores Castro de Almeida, titular da Delegacia de São Sepé, o despachante foi ouvido na manhã de ontem e negou as acusações. Segundo ela, o inquérito segue com a oitiva de mais testemunhas e com a produção de provas periciais, inclusive com os documentos apreendidos no cumprimento dos mandados.  

- Há suspeita de que há mais pessoas envolvidas, e a hipótese de que existam outras carteiras falsificadas - declarou a delegada.

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Segundo o advogado Bento Martins, que atua na defesa do vereador, as acusações são "um absurdo". Conforme Bento, seu cliente conhece o motorista que fez a denúncia por conta da função que exerce como vereador e também pelo trabalho como despachante. O advogado explicou que, em seu escritório, Werther atende, em sua maioria, produtores rurais, e que não oferecia nenhum tipo de serviço relacionado a carteiras de habilitação para motoristas.

- Qualquer pessoa em sã consciência sabe que uma CNH só pode ser expedida pelo Detran, não por um escritório despachante. Então, é possível que ele tenha prestado algum serviço a essa pessoa (o motorista), mas não desta natureza. Inclusive, vamos entrar com denunciação caluniosa e a representação criminal da pessoa que o acusou, porque isso colocou em risco a imagem e a honra do meu cliente - declarou o advogado.

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A delegada disse que não vai pedir a prisão preventiva dos envolvidos nesta fase do inquérito. Caso a investigação confirme o esquema, os responsáveis devem responder por falsidade material, falsidade ideológica, estelionato e associação criminosa.

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